Lembranças
De repente do riso faz-se o pranto
Já dizia o poeta entristecido
A saudade o machucava mas no entanto
Orgulhoso se fazia de esquecido
E ao deitar-se ele lembrava-se da amada
E do amor que já o tinha corroído
Não possuía a dádiva almejada
Mas jamais se daria por vencido
E em noites claras de luar ele sentava
E contemplava as estrelas infinitas
O rosto de sua amada esboçava
Nas inúmeras constelações distintas
E num dia, não mui belo, ele ouviu
Abafada a voz de seu coração
E com as palavras que ele destinguiu
Conseguiu chegar a conclusão
De que a saudade não é assim tão triste
Não tanto quanto a indiferença
Pois é melhor saber que o amor existe
Do que saber que espera-lo não compensa
Raphael E.