O ano termina e eu termino
Este vagar indeciso pelos dias
Onde não mais vives em meu olhar
Apagado
Sempre inquieto,  em busca
De onde estás.
 
E embora triste pelo que perdi
Saúdo a chance de ter sido teu
Por estes labirintos que a vida
Sonha

 
E sonhando que ainda somos
A promessa renovada
Em milenares altares
Amo-te porque é da natureza
Que pulsa em mim como  vulcão
Neste opaco
Deserdado coração.