aurora boreal
de olhos para os ventos do destino
uma alma deitada no topo de um mundo desfilando
na linha dupla entre o céu e o inferno
poeta sem rosto
não quer ver de olhos abertos
o que um grito
vindo do buraco dos anjos
mostrou para o tempo uma nova tinta vermelha
com muitas almas misturadas num copo
de vinho tinto
lagrimas na terra na hora dos primeiros
cuspes de deus
arvore da vida
tomando remedios para melhorar a loucura
volto a dormir
na cama de pregos
e vejo na dor
uma nova gota preta
no meu caderno de passados distantes
mas antes de beber meu novo copo de veneno
vou sair pelado na tempestade
e procurar um novo calor
para meu velorio festivo.