Nossa mesa

No teu quadrante

ainda me vejo (sentada)

moleca desvairada

Ouvia conselhos

baixava a cabeça

pensava no acaso

Tua toalha xadrez (por vezes amarrotada)

abria meu coração

minha vida desfraldava

Eras simples, generosa

abrigava a grande família

oferecia sustento e muita prosa

Os anos passaram

escolhas feitas

vidas afastadas

Hoje choro de saudade

do que partiu de ti (nada concluído)

Rompe-se o tempo

desalento

dor no peito

ausência

da tua presença

19/12/2013

Rosalva
Enviado por Rosalva em 20/12/2013
Código do texto: T4619085
Classificação de conteúdo: seguro