Nossa mesa
No teu quadrante
ainda me vejo (sentada)
moleca desvairada
Ouvia conselhos
baixava a cabeça
pensava no acaso
Tua toalha xadrez (por vezes amarrotada)
abria meu coração
minha vida desfraldava
Eras simples, generosa
abrigava a grande família
oferecia sustento e muita prosa
Os anos passaram
escolhas feitas
vidas afastadas
Hoje choro de saudade
do que partiu de ti (nada concluído)
Rompe-se o tempo
desalento
dor no peito
ausência
da tua presença
19/12/2013