SAUDADE
Por essa desmesurada e intrépida saudade.
Para não me permitir ao alarme e ao desespero,
Para não abrir as portas à insegurança, que vejo.
Por esse indócil suplício que me puxa as lembranças,
Para não cometer infelizes enganos nem desatinos.
Abro as asas da esperança, e destemido voo...
Voo, e fico planando, é como voos em liberdade.
E deixo-me levar, para onde quer que eu vá,
Meus pensamentos, e continuo a voar livre.
Começo a voar de início com as minhas memórias,
Depois deixo o coração me levar pelos sonhos...
E você está sempre presente nessas mensagens.
Voo, voo, e me deixo levar pelas fantasias...
Vejo as estrelas e as gaivotas que voam comigo.
Voo, voo livre, apressado para distante de mim!
Mas, não há jeito, sua imagem apressadamente,
De forma incita também se distancia, e voa...
E voa lada a lado, voa para junto de mim!
Albérico Silva