1954, manhã de ilusões
saí cedo, deixei o dragão dormindo,
querendo ser manso de novo
aprender a não ser exigente
até a navalha velha que nunca usei,
mas que sempre levo comigo, deixei
tomando conta da casa,
queria ter nada no bolso
apenas dinheiro pro bonde
de ida, pra volta, não sei
quem sabe eu pegassse carona
com as ilusões dessa vida
aquelas que não fabriquei