Natureza morta
Que estúpido mundo avivo,
Mergulhado num insano grau de horror.
Destruído pelo próprio ser que a habita;
O homem, ser avassalador.
Cadê a floresta onde eu brincava?
E a lagoinha da ribanceira?
Cadê os pássaros cantantes
que em minha mente ainda permeia?
Cadê o ar que puro era?
E a fauna flora da menina?
Cadê o orvalho das folhas verdes,
onde brincava a minha abelha?
Cadê o bom senso dos homens?
E o tal ser pensante sobre a terra?
Me pergunto a minha infância,
ante um triste morro que já foi serra.