Natureza morta

Que estúpido mundo avivo,

Mergulhado num insano grau de horror.

Destruído pelo próprio ser que a habita;

O homem, ser avassalador.

Cadê a floresta onde eu brincava?

E a lagoinha da ribanceira?

Cadê os pássaros cantantes

que em minha mente ainda permeia?

Cadê o ar que puro era?

E a fauna flora da menina?

Cadê o orvalho das folhas verdes,

onde brincava a minha abelha?

Cadê o bom senso dos homens?

E o tal ser pensante sobre a terra?

Me pergunto a minha infância,

ante um triste morro que já foi serra.

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 23/04/2007
Código do texto: T460726