... SAUDADE

Sei que não vou suportar

O vazio da solidão. Pois

Já estou quase sucumbindo.

As lágrimas começaram

A banhar as meninas dos meus olhos

E o desespero vai-me entrando.

A esperança se despede como quem parte

Às escondidas, vai sem sequer dizer adeus.

Vem-me uma dor, mas não é visível.

É aquela dor que se sente na alma,

Que vai aumentando e se multiplicando

A cada segundo e, por mais que se tenta

É impossível arrancá-la do peito:

Chega, entra, se aloja e põe-se a devorar

Tal e qual os cupins fazem quando infestam

Às árvores, ou os móveis de algumas casas.

Essa dor, só se vai quando o coração já não pulsa...

Foi-se a vida, cessa a dor chamada SAUDADE!

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 10/12/2013
Código do texto: T4605932
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