... SAUDADE
Sei que não vou suportar
O vazio da solidão. Pois
Já estou quase sucumbindo.
As lágrimas começaram
A banhar as meninas dos meus olhos
E o desespero vai-me entrando.
A esperança se despede como quem parte
Às escondidas, vai sem sequer dizer adeus.
Vem-me uma dor, mas não é visível.
É aquela dor que se sente na alma,
Que vai aumentando e se multiplicando
A cada segundo e, por mais que se tenta
É impossível arrancá-la do peito:
Chega, entra, se aloja e põe-se a devorar
Tal e qual os cupins fazem quando infestam
Às árvores, ou os móveis de algumas casas.
Essa dor, só se vai quando o coração já não pulsa...
Foi-se a vida, cessa a dor chamada SAUDADE!