A RAINHA E O PLEBEU
Na minha infância ladina
Meu pai não me chamava de filha.
Chamava-me: Raquel!
Não, ele não era cruel.
Não dizia que me amava,
No entanto, nem eu.
Ele sabia ser amado
E amada era eu.
Nas noites frias, em seu colo (meu trono),
Contava histórias, falava de fantasias...
Eu era a rainha. Ele, o plebeu,
Mas meu reino empobreceu,
Perdi meu trono, minhas fantasias...
Morreu meu rei. Conta histórias no céu.