ONDE FICA O POENTE
Quando contemplo o horizonte
fica lá o meu olhar tão inocente,
não tem um lugar que me aponte
em qual dos dois lados fica o poente.
Um pássaro cortando o céu vai,
aumenta a saudade que não cai,
e maltrata uma alma tão carente.
A tristeza se apresenta
silenciosa, nada comenta,
é doença que me contrai.
Bem antes que a primeira estrela desponte
sinto a alma invadida por um entorpecente,
e não tenho remédio, falta me essa fonte
o que torna a melancolia mais ardente.
Digo ao corpo, aguentai,
inerte meu olhar, deixai,
injete o veneno da serpente.
Prenda a alma, acorrenta,
lança sobre mim a tormenta,
esqueço dela, essa dor distrai.
Quando contemplo o horizonte
fica lá o meu olhar tão inocente,
não tem um lugar que me aponte
em qual dos dois lados fica o poente.
Um pássaro cortando o céu vai,
aumenta a saudade que não cai,
e maltrata uma alma tão carente.
A tristeza se apresenta
silenciosa, nada comenta,
é doença que me contrai.
Bem antes que a primeira estrela desponte
sinto a alma invadida por um entorpecente,
e não tenho remédio, falta me essa fonte
o que torna a melancolia mais ardente.
Digo ao corpo, aguentai,
inerte meu olhar, deixai,
injete o veneno da serpente.
Prenda a alma, acorrenta,
lança sobre mim a tormenta,
esqueço dela, essa dor distrai.