CHORORÔ DE SAUDADE

Coisa mais triste quando um amor vai-se embora

Nem se despede, deixa a gente chororô.

O cabra murcha, fica seco, igual fulô,

De tão perdido nem se lembra a donde mora.

Se na vitrola se escuta uma cantiga,

Uma seresta, que mexe c’o coração

Saudade chega queimando que nem urtiga

E a dor no peito corta mais do que facão.

Quando o sol nasce, nasce de novo a saudade

O vento traz o cheiro do bem-querer

A chuva lava o chão, mas na verdade

É como lágrima que não lava o seu sofrer...

Saudade dói tanto que penso em dizer

Que é a maior das maiores crueldades.

Edilson Biol
Enviado por Edilson Biol em 28/11/2013
Reeditado em 15/04/2022
Código do texto: T4590884
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