SAUDADES DA MINHA AVÓ
(Elias Alves Aranha)
Na roça contava histórias,
A minha amável vovó,
Ao sol quente da estiagem,
No calor forte do verão...
Com as crianças eito afora,
Contos de tempos atroz,
Na prolongada aragem,
Que muito aquecia o chão.
Aquela humilde senhora,
Nossa mestra naquele estágio,
Que na hora da merenda,
Nos tratava com afeto...
Era o alvo sem demora,
De nossa modesta linguagem,
Solicitada para narrar lendas,
Pelos seus queridos netos.
Destacada na cozinha,
Pelos pratos que preparava,
Também era lavadeira,
No sol, na chuva e na geada...
Mesmo depois de velhinha,
Em todas as ocasiões estava,
Companheira, protetora e conselheira,
Minha eterna homenageada.
* Homenagem à minha avó materna Enedina
Rosa de Jesus (85 anos), 24 de junho DE 2000.