MORREU TATIANE

(Elias Alves Aranha)

Tinha apenas treze anos de idade,

O seu mundo era toda fantasia,

Envolvida com um moço da cidade,

Ela falava sem saber o que dizia.

No começo tudo flores, que graça!

Sentia-se como anestesiada,

Certa noite frequentava uma praça,

Com seu namorado acompanhada.

Fechou o coração emigrou a calma,

Seu cérebro vacilou num repente,

Parou seu raciocínio, dormiu sua alma,

E o namorado transformou-se num demente.

Talvez em função do negativo,

Agindo como um monstro primitivo,

Seu ato já não era comedido,

Com um projétil Tatiane foi ferida.

No outro dia num caixão, como num leito,

Estava pálida, fria e adormecida,

As mãos cruzadas sobre o casto do peito,

E em cada olhar sem luz, um olhar sem vida.

Suicídio? Homicídio? Eis a questão!

Na tragédia daquele romance etéreo,

Transbordados pelo vicio da paixão.

Episódio que predominou o “mistério”!

Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 13/11/2013
Reeditado em 21/03/2016
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