“S” DE SAUDADE
De repente...
A saudade de ti
Aumentou tanto e tanto
Que ocupou
Todo o meu pensamento
E quase me sufocou...
Ao sair pela janela indiferente
Alcançou o próximo quarteirão
E passou pelo jardim das delícias
Desfolhando rosas ruborizadas
Enchendo-as de beijos e carícias
Atravessou perigosamente
Ruas, becos e avenidas
Debochou da passarela
Parada no tempo sem fim
E subiu levada pela ventania
Solta como uma pipa voada
Voou até à nuvem mais elevada
Desenhou no céu um “S” esfumaçado
E se dissipou frente ao meu perplexo olhar
E quando voltou...
Trazia notícias
De ti e de mim!