Segredo

E eu te guardei como um segredo
E as sequelas vieram como saudades
Danificando as janelas do meu coração
Onde instiga a memória fustigada do adeus.

Templo de minhas agonias, quando plange
A escuridão, no meu verso uma lágrima
Triste pesar que me abstrai sorrateiramente
Quando deságuo minha solidão no vazio.

Aí de mim, cruel insensatez, que cala
O meu olhar, entre cenas, quando sinto
Tocar minh'alma, ecoada, presa, num
Templo de eternas recordações...

Murmúrios inativos que me buacam
No vazio, como sombra perdida, me
Arrastam como correntes, me flagelando
Um agouro, me flertando na escureza fria.

Sonhos que adentrei, como ilusão
Acreditei amar-te eternamente, enfim
Essa amargura, selando o meu destino
Diz-me a sorte, teu coração, minhas paredes.