Poesia Codificada

Lagrimas banharam meu rosto... Morreram no canto de meus lábios
e foi este sal que deu sabor para a maresia
tanta água saiu de meus olhos que transbordam nostalgia
E para sonhar eu fui mar azul onde o sol poente adormeceu
refleti a lua misteriosa nas águas frondosas de minha saudade!
( ah! Velho e belo Egeu!)

Projetei nas noites estreladas meus sonhos em historias sagradas
passei tempos buscando encontrar o que se escondeu
tentando lembra-me do que nas águas deste mar se perdeu...
Nada... O que encontrei foi alguém distante das lembranças conquistadas
Sente falta do que foi, mas o que mais lhe dói no coração é a saudade do que deixou de ser...
Perde-se nas brumas frias de um passado de quimeras mil...
E este “ser” soturno e melancólico parece ser a maior parte de meu legado
E vê-lo derrotado é como fazer verter o sangue de meus antepassados...

O vento sopra no leito dos mares e talvez a eternidade do espirito
seja tão somente o medo que jaz escondido...
Medo de não vir a ser  confundindo-se com o medo de ter sido...
E por isso dos homens o maior pecado é o ego apegado
Pois voltar para Deus é deixar de ser, perder a individualidade
Integrar-se abrindo mão da humanidade...Ou Seja... Para existir inteiro morre-se metade!

Deixo meus rastros nas areias do tempo, vislumbro os meus velhos diários
minhas antigas poesias, meus antigos amores, minhas estranhas fantasias...
descubro cada caverna que marcada de sangue esconde minhas digitais em suas paredes...
E o tempo parece pouco e o que eu digo não é para ser entendido...


Ouço nos ventos, da águia, um grito!
os grãos de areia incontáveis fulguram o amanhecer
assim como no céu brilham as estralas infindas
 E eu sei...  De minha saudade nada mais resta... Apenas ruínas...
Quero voltar, mas o que haverei de encontrar quando chegar lá?
(se chagar...)
com o que irei sonhar, pelo o que irei suspirar?
Na fração de um segundo a lua se foi e o sol nasceu...
De frente para este mar, não sei quem sou
Apenas sei que quero mergulhar e passar a ser uma gota salgada do Velho Egeu...


Realidade é uma quimera
ou quimera é a realidade...
Não sei bem se há uma ordem para o fator
mas como me disse uma flor
“ Quem se aproxima da verdade sem perder por momentos a sanidade? ”
Minha loucura ainda se chama um perdido amor!


 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 02/11/2013
Reeditado em 29/01/2015
Código do texto: T4553923
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