NO ALPENDRE DOS MEUS OLHOS
Faria correr ...
Esse medo , essa dor
Que no inicio de maio , a pureza do sereno acobertou a relva
Eu como de costume deixo minha alma sofrer, e não sei o porque
Se esse medo falace , se esse silêncio acalmasse
Talvez eu seria outro,
Mas a poeira do tempo decantou meu brilho
Tornou-me triste
As cores das flores de maio , poderiam me trazer alguma alegria,
Mas, desperta-me melancolia
Pois mamãe pendurava elas bem na frente do meu nariz,
No alpendre dos meus olhos
Ainda , mesmo sem querer , procuro muitas flores com meu olhar,
Mas, as de maio não quero mais lembrar.