Náusea de viver

Fico pensativo, você não vem

Vou para casa, você não está

Rezo, choro, imploro a Deus

Parece que Ele não quer me escutar

Penso em dias felizes, alegres

Penso em tirar você deles, não dá, não acontece

Relembro a infância querida, em nada me alegra

Não tive você, meu amor, minha querida, meu ego

Divago sem saber aonde vou

Devagar e nunca paro num lugar

Sou aquele lobo indeciso

Sou a matilha com fome

Sem você sou tudo que necessita

Sem você sou metade de mim

Foi triste ver sua partida,

Partiu meu coração, doeu, rachou

Corei, gritei, arranhei, calei

Hoje sento, penso, rezo, relembro

Nada se concretiza, moscas no prato

Papeis não são mais aviões

Falta-me as mãos, a arte, a inspiração

Viver se tornou fardo, acordar; pesadelo

Dormir; sonho e você;ilusão de uma vida feliz

Apavoro-me, o tempo acaba, não digo nada

Aflijo-me, me contorço, o tempo passa

Mandam me recolher, o tempo acabou

Quinze minutos de ideias, passaram

E agora que voltei a ficar só, só penso

Nada realizo, nem escrevo, sou escravo

Louco de minhas atitudes

Estou preso, solto num mundo meu, sem você

Agora me recosto, tento dormir; acordo

Penso em você, não chegas

E assim continuo, minha missão de fé

Pois assim sempre serei por você

A onda que o mar quebrou

E nunca teve coragem de consertar

Gabriel Amorim 30/05/2013

http://devaneiospalavras.blogspot.com.br/

Gabriel Melo Amorim
Enviado por Gabriel Melo Amorim em 09/10/2013
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