Saudade
A saudade, quando acorda,
Não se sabe apaziguar,
Mesmo não dando corda
Ainda doendo quer continuar
Quem diz que não sente
Na verdade Não sabe dizer
Pois seu olhar mesmo ausente
Fala daquilo que quer esquecer
Ah, saudade que mata a gente
O coração tenta disfarçar perdidamente
Mas bastasse apenas um presente
Valeria a pena viver loucamente
Mas se a saudade fosse soberana
Devolveria aos amantes
O derradeiro estado de nirvana
Mesmo que fosse por um único instante