Por onde anda você?
Por onde anda você?
menina, meu bem-querer?
plena de tanta beleza
que o tempo com certeza
jamais conseguiu esconder!
já dobrei tantas esquinas
do nosso tempo esquecido,
dos loucos desejos perdidos
sem conseguir lhe encontrar!
No canto daquela praça
o tempo só de pirraça
ocultou meu bem-querer
e mesmo a lua formosa
tão bela a velar outrora
não soube dizer agora
por onde anda você?
Perguntei aos transeuntes
aos bêbedos da boemia
teriam visto algum dia,
na mesma cidadezinha
a menina inocente
de doce olhar envolvente
que sem motivo aparente
certo dia simplesmente
sumiu sem dizer adeus?
por onde anda você
deste meu olhar vazio
que perdido nas estradas
perscrutando tudo e nada
talvez não consiga ver
as rugas que nosso tempo
tenham deixado em você
Leia também e divulgue: Os Grapiúnas, romance do Olympio Ramos, disponível na Amazon.com (leitura on line) e editora Creat Space (leitura impressa). obrigado a todos
Olympio Ramos
Cabo Frio, 05/10/2013