TEMPOS DE NAMORO

TEMPOS DE NAMORO

Olho mas não vejo

Dói mas não sinto dor

Ó periquito do realejo

Onde andará meu amor

Aquele da mocidade

Dos velhos tempos

Das praças da cidade

Dos monumentos

Da pipoca doce e colorida

Da agarrada contida

Do beijinho de despedida

Até amanhã querida

Do sono agitado

Do sonho agarrado

Do despertar molhado

Do banho gelado

Da manhã que não passava

Da tarde que se arrastava

Da noitinha esperando

E vê-la chegando

Passear de mãos dadas

Roubar um beijo

Sem mais nadas

Ficou o som do realejo

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/10/2013
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