TEMPOS DE NAMORO
TEMPOS DE NAMORO
Olho mas não vejo
Dói mas não sinto dor
Ó periquito do realejo
Onde andará meu amor
Aquele da mocidade
Dos velhos tempos
Das praças da cidade
Dos monumentos
Da pipoca doce e colorida
Da agarrada contida
Do beijinho de despedida
Até amanhã querida
Do sono agitado
Do sonho agarrado
Do despertar molhado
Do banho gelado
Da manhã que não passava
Da tarde que se arrastava
Da noitinha esperando
E vê-la chegando
Passear de mãos dadas
Roubar um beijo
Sem mais nadas
Ficou o som do realejo