DEPOIS DAS PRIMEIRAS CHUVAS
DEPOIS DAS PRIMEIRAS CHUVAS
Sob o prazer refrescante das primeiras chuvas,
Encantado ainda com a magia das primeiras flores,
Soneto de primavera, que fala de vida e fala de amores,
Rodopio no ar taças de pinot noir, a perfeição feita de uvas.
Per pensare, per manjare, per amare, por amar...
A serosidade que acautela todas as dores de viver,
Um anestésico tinto, tânico, eficaz contra a dor de não te ver,
Recolho-me na saudade, que combina com o vento que sopra do mar.
Ensinaram-me escrever, fazer contas e também a ler...
Ensinaram-me a rezar e que o mais certo sempre é amar...
Mas das temáticas da vida, nunca mencionaram o não sofrer.
E a lágrima salgada, que fere as fendas e as feridas,
Que escorre a goela, aperta o peito e cala o falar...
Lembro que até no dicionário felicidade só vem depois de despedida.
Sérgio Ildefonso 28.09.2013