Morte e Outono

Como caem as folhas do tempo

Desabam da memória

Os tempo vivido em amor...

Quando peito apertava e doía,

e mãos gelavam de ansiedade.

Ah, coisa boa era amar assim!

Morrer de amor a cada outono,

sem pensar no futuro, ou supor

que tudo um dia tude se perde.

O vento outonal se incumbe

de apagar as evidências...

Assim como as folhas que caem no outono

amareladas, Ruídas...

Jogadas ao último prazer desmedido,

supondo-se, feliz!

E quando ao chão assentadas,

desprezadas contam que o vento

as continue embalando num consolo inerte e desinteressado,

Até que findem pisadas, varridas...

rumo ao que lhes resta, o fogo.

A consumição derradeira.

A morte!

Como todo amor no outono.

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 15/04/2007
Reeditado em 18/04/2007
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