Morte e Outono
Como caem as folhas do tempo
Desabam da memória
Os tempo vivido em amor...
Quando peito apertava e doía,
e mãos gelavam de ansiedade.
Ah, coisa boa era amar assim!
Morrer de amor a cada outono,
sem pensar no futuro, ou supor
que tudo um dia tude se perde.
O vento outonal se incumbe
de apagar as evidências...
Assim como as folhas que caem no outono
amareladas, Ruídas...
Jogadas ao último prazer desmedido,
supondo-se, feliz!
E quando ao chão assentadas,
desprezadas contam que o vento
as continue embalando num consolo inerte e desinteressado,
Até que findem pisadas, varridas...
rumo ao que lhes resta, o fogo.
A consumição derradeira.
A morte!
Como todo amor no outono.