DOCE LEMBRANÇA


Assistí, muitas lutas de guerreiros,
ví, inúmeras derrotas de arqueiros,
foram batalhas que nunca vencí...
Chorei, ao ver morrendo as flores,
enfraquecendo no jardim dos amores,
foram canteiros em que nunca nascí...

São lembranças de uma vida já passada,
que recordo, com uma  fina espada,
dando um ponto final na temível gangue...
Guerreiro, com um instinto tão animal,
erguendo para os céus, um grande punhal,
com as bordas, coberto de sangue...

Para sobreviver, uma grande disputa,
em cada momento, marcado por uma luta,
tentando passar pela forte muralha...
Cada dia, a comemorar uma vitória,
e nas tardes, o meu grito de glória,
vencendo, mais uma sangrenta batalha...

Esse homem que vive, num alto rochedo,
que não conhece o que significa o medo,
que desconhece uma palavra, a dor...
Mas na mente, uma ferida que não sara,
a doce lembrança de uma linda iara
que dominou a vida de um lutador...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/09/2013
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