QUEM DIRIA?
Quem diria,
Que um dia,
Sentirias a falta repentina...
Do cheiro,
Do beijo,
Da alma.
Quem diria?
Que aquele jeito bruto
De chamar, olhar, amar...
Deixaria este vazio,
Que hoje assume o nome de saudade.
Quem diria,
Que o silêncio,
O dito,
Ou o não dito,
Seriam assim, como cicatrizes de um tempo que se foi, mas que hoje provoca essa falta?
Pois é, hoje resta a lembrança,
Sem a esperança,
De um tempo que hoje é história...
Registrada no discurso;
Disfarçada num desprezo,
Que na verdade é...
Um profundo segredo,
Que se revela,
Quando a porta do quarto se fecha,
E a lágrima chama de volta.
Quem diria?