Calma

Se afastar dos tumultos, dos corpos e vultos. Acalmar os ruídos pra dar ouvido às canções.

Um copo com água e açúcar caiu sobre a mesa e formou uma poça de calma.

Um silêncio que nunca acaba.

Um inverno que não tem fim.

Um ano que demora a passar e me faz suspirar, a cada eu que descubro em mim.

A cada eu que encontro nos pavimentos, nos trens, nos bancos de praça, nos asfaltamentos. A cada pessoa que sei que guarda um segredo parecido com o meu. E já não precisa seguir meus passos, nem acompanhar meus silêncios. Um abraço teu é fácil de sentir.

Então pode ir.

Pode ir que eu fico.

Fico com seu sorriso, suas promessas, seus rastros.

Fico até com seu diz-que-não-me-diz.

Só não se despeça de mim.

Lucas Mezz
Enviado por Lucas Mezz em 29/08/2013
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