Saudade falante...
(...) quão grande a saudade;
devora-me de ansiedade
numa fome sem nome;
enche-me a carência que
se agiganta na insônia sem
trégua, presença tão perto
faz chorar a ausência;
num piscar de olhos me
demoro em teu olhar e
não consigo esquecer;
teu cheiro impregnado
por todos os lados
nos sonhos alados,
desejos escancarados,
coração arrebatado
apaixonadamente de
amor e dor; arde a solidão,
se aconchega na canção
e traz você pra mim no
grito marcante do silêncio
falante, no toque envolvente,
na troca quente do prazer.
Marisa de Medeiros