cabo orange

do alto extremo d’um instante vibrante

milhas varridas adiante

afrontadas do cabo panorâmico;

meus piscos de olhos fulminantes

sob pés esbraveja “marabaixo”

ribombando tambores pagãos

águas ‘retorcentes’

erguendo toalhas brancas

a cada rodopio de ondas

caribenhas em saias azuis

lindo precipício sacolejante

triturando ossos perpendiculares

sustentáculo chacoalhado

no batucar do coração

meus cabelos são pássaros

enxotados por brabas mãos

do vento

tudo subestima sentimentos

tormentos que me partem ao meio

na fúria trepidante dos pensamentos

arroxeando me a face

entalhando vácuo extenso

sobra trilha de tufos brancos

contrastante no azul

instigando me a segui-la...

seguiria se estivesses lá

nos palmos de milhas adiante deste olhar

arqueando se em rio

meandrando se até (a)mar

... e meu peito já aberto

mostraria profundezas de mar

só pra desaguares neste aquário de saudade.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 22/08/2013
Reeditado em 22/08/2013
Código do texto: T4446085
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