Saudades...
A casa vazia,
A cama tão fria:
Estou sem ninguém.
O pranto rolando,
Os lábios chamando
Seu nome meu bem!
É tanta agonia,
De noite de dia,
Disfarço porém,
A dor permanece,
O corpo parece,
Que vida não tem!
Não tenho alegria,
Não há mais poesia;
Tornei-me refem.
Querendo ajuda,
A voz quase muda
Ecoa no além!
E corre o mundo,
Num simples segundo,
Buscando alguém
Que vive distante,
Mas nesse instante,
Me busca também!
Estamos sofrendo,
Os corpos querendo
Dar tudo que tem:
Os olhos molhados,
Os sonhos sonhados;
Saudades que vêm!...