Rumos

Mais uma vez fico calado,

meu pensamento voa sem perder o rumo,

sua imagem turva sem querer consumo,

outrora senti teu corpo a meu lado.

E na lembrança: Noites que me destes!

nas presentes noites que não durmo mais.

Me converto em ondas, rumos que investes

neste mar tranquilo que é por onde vais.

Em teu caminho longo és aventureiro

ao passo que te quero farto, simples, verdadeiro.

Em rumos não te espero e parto,

livre, sorrateiro,

em sonhos que me sinto em paz...

Teu barco segue adiante,

minha vida encalha num cais.

Júlio Amorim
Enviado por Júlio Amorim em 18/08/2013
Reeditado em 01/09/2013
Código do texto: T4439977
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