QUANDO OLHO PARA O CEÚ
Sempre que para o céu eu olho
Da me uma vontade de asa ter
Não me importo se na chuva me molho
Mas o meu desejo tenho que viver.
Não sei se ainda o amor existe
Dentro do teu nobre coração
Mas a saudade minha companheira insiste
Em querer ter ver para gozar esta emoção.
Quando as estrelas começam a brilhar
E na tendência de ofuscar a minha visão
Aumenta a minha vontade de chorar
Aumenta ainda mais minha solidão.
Com a minha mente então perturbada
Porque sei que você jamais voltará
Sinto me tão só e consternada
Mas também sei que tudo um dia passará.
Sei que fomos dois aventureiros
A buscar um pouquinho de ilusão
O luar se fez então companheiro
Mas se afastou nos deixando na escuridão.
Sinto que estou vivendo momentos de loucura
Quando a tua voz em meus ouvidos se faz ouvir
Sinto me a mais infeliz de toda a criatura
Porque você não disse adeus na hora de partir.
Este teu amor que minha vida alimentava
E pensando ser ele mais forte do que o alimento
Hoje vejo que lá no fundo você me enganava
Sem saber tornou a minha vida num tormento.
ANGELICA ARANTES