MAR CALDO DE CANA
Ysolda Cabral
Hoje o Mar estava caldo de cana,
Fiquei com água na boca.
Num impulso peguei um pouco,
Foi então que pensei estar louca.
A mão em forma de concha,
Que nem concha esquecida na areia,
Abriu-se e a água escorreu...
O que será que me deu?
Perdida a olhar o Mar,
A concha, minha mão e eu...
A lágrima, sobre o meu sorriso, escorreu.
Ah, que saudade doída me deu!
E doeu, e doeu, e doeu,
E doeu tanto, mais tanto, tanto
Que, já não sei o quanto
Mais de tempo ali se perdeu.
Recife-PE
14.08.2013
Em dia nublado