VOCÊ SE LEMBRA?
lembra quando...
éramos pensamentos, desejos e sentidos
você se lembra quando ensaiávamos palavras
intentávamos cócegas nas letras provocando
risos, os sonhos eram maiores do que a poesia
versos fluíam transgredindo as ordens verbais
estrofes soltas aqueciam as nossas mentes
transformando nossos medos em receios tolos
fervilhando pensamentos em pecados poéticos
você se lembra quando caminhos gramaticais
nos faziam seguir porque o mistério nos atraía
você se lembra quando desejo emanava calor
o dia e a noite no crepúsculo faziam amor
quando viajávamos em assuntos intermináveis
a lua aparecia vírgula concedendo pausas,
a estrela da manhã cintilava no horizonte
e o seu brilho acenava na iminente partida
despedida de quem não ultrapassou o termo
as nuvens no entardecer formavam desenhos
matizes no movimento do Incansável Artista
expressando sentimentos do Verdadeiro Pintor
quantas formas buscávamos para exprimir paixão
quando nuvens ganhavam contornos inimagináveis
tocando n'alma, revelando o sentido da vida
quantas vezes deitados na grama olhando pro céu
se lembra quando o amor mostrava caminhos
quando palavras exalavam perfume de flores
quando cócegas nas letras provocavam risos
você se lembra quando o amor refletia nos olhos
embriagados pela paixão delirávamos na exclamação
deleitávamos nas longas avenidas dos parágrafos
se lembra quando esbarrávamos na interrogação
pacientes alcançávamos respostas, você se lembra...
quando sorrisos simplificavam tudo?
porta entreaberta, janela, sonho, parafuso solto,
som louco, "um pouco" de Drummond, pra cantar e viver
ou ler...Federico Garcia Lorca.
lembra quando...
éramos pensamentos, desejos e sentidos
você se lembra quando ensaiávamos palavras
intentávamos cócegas nas letras provocando
risos, os sonhos eram maiores do que a poesia
versos fluíam transgredindo as ordens verbais
estrofes soltas aqueciam as nossas mentes
transformando nossos medos em receios tolos
fervilhando pensamentos em pecados poéticos
você se lembra quando caminhos gramaticais
nos faziam seguir porque o mistério nos atraía
você se lembra quando desejo emanava calor
o dia e a noite no crepúsculo faziam amor
quando viajávamos em assuntos intermináveis
a lua aparecia vírgula concedendo pausas,
a estrela da manhã cintilava no horizonte
e o seu brilho acenava na iminente partida
despedida de quem não ultrapassou o termo
as nuvens no entardecer formavam desenhos
matizes no movimento do Incansável Artista
expressando sentimentos do Verdadeiro Pintor
quantas formas buscávamos para exprimir paixão
quando nuvens ganhavam contornos inimagináveis
tocando n'alma, revelando o sentido da vida
quantas vezes deitados na grama olhando pro céu
se lembra quando o amor mostrava caminhos
quando palavras exalavam perfume de flores
quando cócegas nas letras provocavam risos
você se lembra quando o amor refletia nos olhos
embriagados pela paixão delirávamos na exclamação
deleitávamos nas longas avenidas dos parágrafos
se lembra quando esbarrávamos na interrogação
pacientes alcançávamos respostas, você se lembra...
quando sorrisos simplificavam tudo?
porta entreaberta, janela, sonho, parafuso solto,
som louco, "um pouco" de Drummond, pra cantar e viver
ou ler...Federico Garcia Lorca.