MAR MORTO

Na noite enluarada de ausência

No céu as estrelas não cricrilam...

Imagem repleta de silêncio

A lua atravessa um saara de saudade.

Oceano de salinas águas!

Mar morto infinita madrugada

Minh’alma boiando em si mesma

Pousando no cais cheio de fantasmas

A noite é traiçoeira chega sossegada

Em paz calada trazendo a densa treva

Rasgando os sete véus da utopia

Da cor do ébano vestindo a lua.