Quimeras

Não posso mais... não suporto este silêncio,

fruto da agonia aprisionada em meu peito

de onde tudo de mim escapa, até o que penso,

intensificando o contrassenso deste momento.

Onde.. onde refugiaram-se minhas canções

as composições de intensas emoções?

Onde se espalharam as minhas poesias

que sob a luz de paixões foram escritas?

Onde subjugaram-se os meus sonhos,

os que de brisas violetas eram envoltos?

Quero romper e desvirtuar insana sensação

como num perpetuado som que a mim grita.

Quero descompassar, defibrilar pacato coração

como num choque sob um pulso intenso de vida.

Quero ecoar em rimas ao universo estas quimeras

e que estas regressem a mim tudo que eu era.