Lembranças de um velho pulmão infiltrado

Velho pulmão infiltrado,

O qual a um pneumotórax não resistiria.

Ares diversos por teus alvéolos passaram.

Cada qual carregado de cheiros, odores e até primores.

Bons, maravilhosos e inesquecíveis ares.

Porém, maus ares também.

Compositores da sinfonia de nostalgia que ora ecoa em minha mente.

Como esquecer aquele cheiro de lenha queimada que vem do fogão da cozinha?

Aquele Leite de Rosas que se espalha no ar, mas que rapidamente desaparece?

Daquele ar perfumado que vem do cabelo da doce menina cujos lábios nunca beijei?

Do odor ou perfume - não sei ao certo - que vem das flores regadas à lágrimas, as quais adornam os corpos horizontalmente dispostos no meio da sala?

Ares que respirei, sentimentos que senti

Uma estreita relação.

Souza Rafael
Enviado por Souza Rafael em 31/07/2013
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