Saudade sem medida

Aperto no peito, quase dor

Saudade na medida exata

Para avaliar uma perda.

Não, não é medida... será?

Descoberta estranha e perturbadora

que ao mesmo tempo espeta e acaricia.

Lembranças do paraíso...

imensidão azul perdida no passado

Árvores do conhecimento carregadas

de maçãs e uvas proibidas

num momento de delírio...

O gosto do inesperado, incontido,

no limite dos sentidos...

O que separa o real do imaginário?

O silêncio no escuro é uma página em branco

Tudo é possível.

Um voto secreto de eternidade

Uma promessa no ventre do amor

O prazer manda o tempo evaporar

Um nada diante do êxtase

Olhos abertos, aperto o peito

encharcado em muitos tons de azul

Ajoelho-me diante das lembranças

em total veneração...

Travessuras de meninos cúmplices

Saudade sem medida

Exaustão e paz.

Aziul
Enviado por Aziul em 25/07/2013
Código do texto: T4403233
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