DEPOIS DE TANTOS ANOS

O animal corria.

As crinas ao vento.

Um espetáculo.

Ela gritava: Alazã, Alazã, Alazã.

Parecia surda a égua.

Ou louca.

Era o vento na planície.

O animal em disparada.

Uma corrida pra nada.

Tantos anos e não chegou o esquecimento.

Tantos anos e o sonho acabou não morrendo.

A escritora, a égua valente,

um pedaço de terra...

E um sonho pendente.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 24/07/2013
Código do texto: T4402051
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