DEPOIS DE TANTOS ANOS
O animal corria.
As crinas ao vento.
Um espetáculo.
Ela gritava: Alazã, Alazã, Alazã.
Parecia surda a égua.
Ou louca.
Era o vento na planície.
O animal em disparada.
Uma corrida pra nada.
Tantos anos e não chegou o esquecimento.
Tantos anos e o sonho acabou não morrendo.
A escritora, a égua valente,
um pedaço de terra...
E um sonho pendente.