Os dias não tem culpa...

Quando andarilha, por entre cidades, e por entre alamedas perdidas, sinto na minha alma a saudade de ser e de crer.

Quando sinto que a minha alforria não chegou ainda: Clamo.

Quando minha vida sofre...eu ressinto em lágrimas, e sucumbo diante de Deus.

E Deus me afoga em dores maiores, para meu bem futuro...Eu vou dentro da canoinha do Tempo, que me aquiesce.

Essa canoinha me refaz, pois dentro dela quero alcançar vastidões...Rumando então por entre flores e espinhos da vida...

A vida é assim um micróbio, um deserto, ou um universo.

Quando o homem cheira a cola, ou apenas...ri de si, ao injetar-se droga, ele nem vê o sol, que nasce e morre todos os dias...

E todos os dias o homem sofre, ou não! Esperando a morte chegar...Ele vacila e mata seu ente, ou sua alma foge...com receio da finitude, que é um fato.

E se hoje calo, ou morro: Os dias não tem culpa...




Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 18/07/2013
Código do texto: T4392667
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