Mar em volta

Ai, flores, flores...

poema meu murchou-se

ao longo dos mil amores.

Correnteza veio e levou-me

pra longe do velho porto...

calmaria deixou meu barco

ilhado longe, longe...

Quanto mar, quanto mar!

Sereia não quis cantar...

Netuno não quis reinar... Coração...

Espero, pois, flores, flores...

que o vento sopre após mim

e me leve aonde as cores

dispa de espinhos os amores

deste mar alto, sem fim.