Saudade


Vem a  saudade, anda pela casa,
Vestidos deslizando atrás dos pés:
As longas saias brancas e plissadas
Que trazem as lembranças bem dobradas...


Arrasta, a saudade, uma corrente,
E senta-se na sala, suspirando,
Deitando sobre a mesa os muitos anos,
O vago olhar perdido n'algum canto...


Aquece as mãos na xícara de chá,
Tentando reviver algum calor
Daquilo que viveu e já passou;
Ao crepitar do fogo, ela desperta.


E ao ver que o sol brilhante despontou,
Ela recolhe as folhas e as cobertas,
E a suspirar levanta-se de vez;
Vai-se a saudade, pela porta aberta...




Quando se sente saudade 
De uma coisa muito boa
 Revive a felicidade
Que não vem assim à toa 

Obrigada, Irineu!



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 16/07/2013
Reeditado em 16/07/2013
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