Saudade
Vem a saudade, anda pela casa,
Vestidos deslizando atrás dos pés:
As longas saias brancas e plissadas
Que trazem as lembranças bem dobradas...
Arrasta, a saudade, uma corrente,
E senta-se na sala, suspirando,
Deitando sobre a mesa os muitos anos,
O vago olhar perdido n'algum canto...
Aquece as mãos na xícara de chá,
Tentando reviver algum calor
Daquilo que viveu e já passou;
Ao crepitar do fogo, ela desperta.
E ao ver que o sol brilhante despontou,
Ela recolhe as folhas e as cobertas,
E a suspirar levanta-se de vez;
Vai-se a saudade, pela porta aberta...
Por Irineu Gomes:
Quando se sente saudade
De uma coisa muito boa
Revive a felicidade
Que não vem assim à toa
Obrigada, Irineu!
De uma coisa muito boa
Revive a felicidade
Que não vem assim à toa
Obrigada, Irineu!