O RANCHINHO DA SAUDADE

Vou erguer, uma choupana lá no sertão,
que não será a prova de uma tespestade,
mas terá que ser bem fincada no chão,
vai aguentar, uma tonelada de saudade.

Não usarei tijolos, madeira de montão,
sua base terá que ser muito resistente,
para suportar o peso de uma ilusão,
de uma lembrança, que ainda é ardente.

Será erguida lá no fundo de um grotão,
paredes sem nenhuma tinta,sem cor,
isolada, bem longe de uma civilização,
um  deserto, onde vai morar minha dor.

No ermo erguirei o ranchinho da solidão,
que será visitado somente pelos ventos,
será iluminado, nas noites de escuridão,
por saudades,dos vagos pensamentos.

No meio do mato, onde não vai a canção,
ele será com meu carinho montado,
mudará para lá, as dores de um coração,
 e lembranças, de meu saudoso passado.



A foto e da poetisa Lu Genovez
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/07/2013
Reeditado em 15/07/2013
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