UTOPIA

Que saudades vieram agora

Das pobres ruelas de chão

Do meu pequeno povoado

Minhalma lamenta e chora

Remoendo esta recordação

Ao Reviver o passado

Como dói meu coração

No silencio da noite escura

Sem radio nem televisão

Chicotinho queimada e ura

Nossa única diversão

Tornávamos meras figuras

Sem compromisso com o tempo

Sem rumo na escuridão.

Hoje saudade é o que restou

Desta bela fase da vida

Tributos que a mente guardou

Nossas brincadeiras preferidas

Neste memorial de lembranças

Elas no tempo, perdidas

Longínqua e histórica infância

Tornei-me um poço de nostalgia

Tento reviver o passado

Trocando a noite pelo dia

Sempre de olhos abertos

Estou a sonhar acordado

Com meus amigos diletos

Utopia do meu povoado.

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 11/07/2013
Código do texto: T4381903
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