DU MONDE

Caminhava por seus dias,

distante da paz

e não sentia os efeitos da luz,

porque as trevas eram densas demais.

Atirava-se aos abismos,

preparando a sua cama com delírios.

E de nada resolveu

aquele sinal da cruz diário

antes de dormir

ou seus agradecimentos a Deus;

Se a conduta era digna do mundo,

e dos céus, jamais!

Era absurdamente sedutor

e creio ter sido esse o problema.

O mal crava os dentes naquele

que desperta amores ensandecidos.

Mas ele não era mau,

apenas do mundo.

Certa promiscuidade,

mas não consciente ...

Apenas, irritantemente omisso...

E leigo nessas questões,

atirou-se no lamaçal,

sem querer.

Se foi para sempre, tragicamente;

aquele anjo meu,

du monde.