MENINO DE SORTE
Quando criança eu não
Sabia que era pobre.
Fim de feira, tomates no chão,
Levava para casa, tirava a parte podre
E, completando uma bela refeição,
Havia sempre um sol estrelado por sobre
A paisagem do arroz com feijão.
A voz de mamãe, delicadamente nobre,
Antes de comer, agradecia com oração.
Eu costumava ser um menino de muita sorte .
Enviado por Jimii em 06/01/2007