A TI, MENINO GRANDE.
Se o sol surgir no céu
E vir atingir o prisma
Da mente fadigada e só,
Verei tuas mãos erguerem - se
E num enlace mútuo de feliz
Verdade agradecer a Deus
Porque aprendestes a rezar...
Se pela manhã, eu vislumbrar
O verde peculiar de cada plantinha,
E em suas superfícies as lágrimas
Brilhantes de um aurora de paz,
Será teu rosto que fitarei com carinho...
“Menino Grande”, a mácula da jornada
Infatigável não te feriu o Ego...
A distância do passado não te toldou
A visão.
O Tempo não apagou de ti o ar intelecto,
As recordações constantes não anularam
Em ti a necessidade de lutar.
A sordidez dos fracos não conseguiu
Enodoar tua alma pura...
Dá – me teu braço, “Criança grande”,
Aperta minha mão filho do campo...
Quero ter de ti a concessão de
Caminhar ao teu lado...
Não desejo nutrir a matéria,
Mas absorver a essência das palavras...
Quero dormir embalada pela grandeza
De teu sorriso inocente...
Quero sonhar...
Penetrar no áureo mundo
De tua sensatez
E nesse aconchego:
De alma para alma,
Verdade com verdade,
Silêncio com silêncio,
Poderei brincar na fantasia
Pura de teus devaneios
E acordar na certeza de que
Me destes tua experiência...
Quero sentir a sombra amiga
De tua humildade,
Mas não quero tirar de ti
A natural aparência de
“Menino Grande”...
CRS – 16/06/75.