Sobre O Que Nunca Falaram

Saudade, dilacerando o peito

Não acho direito sentir assim

tanta falta, tanto nada

Não cabe em mim esse vazio

Saudade, deixa descoberta a alma

Não há palavra que preencha o vão

Saudade, quase outro ser em mim

Saudade, dias e horas sem fim

Saudade, espaço que não preencho

Não importa se venta ou se chove

Não importa se é sol ou se é lua

Saudade que me toma o corpo

Que me faz sentir frio

E faz agonizar meu peito, órfão…

Saudade, angústia muda que grita

Que entope as artérias, palpita

Que acelera e apressa meu ser

Saudade, palavra tão única

Que define sentimento absurdo

E por ser imensurável não,

não (a)cabe apenas na palavra…

Saudade!

Elen Rodrigues
Enviado por Elen Rodrigues em 23/06/2013
Código do texto: T4354874
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