OS DIAS ESCOAM-SE

em uma permutação de contratempos

entre desejos

às vezes bêbados

Histórias interrompidas

que furam almanaques

dias pretos e vermelhos

dos tempos

Quebram-se palavras

em cima das lajes

de labirintos internos

Perfumam ao vento

melodramáticos poemas

Os dias escoam-se

desaparecem

Não sei que fam aqui os teus olhos

Não sei, pero às vezes

os silêncios choram

Cruz Martinez (da Galiza)
Enviado por Cruz Martinez (da Galiza) em 15/06/2013
Código do texto: T4342721
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