A solidão do velhinho...
Sozinho
Quanta saudade ele sente
Das tardes mornas na praça
Agora frias e sem graça
Sem a presença da amada
Companheira de anos tantos
Tédio e tristeza
Tudo lento, em dormência
Até os pombos arrulham
Mais tristemente, parece
Também eles sentem saudade?
Neles também dói a ausência?
E o velhinho relembra
Tantos e tão bons momentos
Segura nas mãos uma flor
Que abriga a lágrima que cai
Ninguém vem estancar seu pranto
E mais uma tarde se vai...
Resignado o velhinho murmura:
Paciência. Paciência...
= Roberto Coradini {bp}
09//06//2013