Nostalgia

Na noite fria e mórbida

Os galhos secos da figueira

Se arrastam pelo vidro opaco

Como sussurros esquecidos ressoa

Atormenta meu ser com o medo refeito

E meus flagelos infantis ressurgem

Como vindos da bruma cintilante

Que envolve minha memoria

Relembro daquilo que já foi

E suspiro pelo que não será

Em meio a nostalgia pálida do sonho

Acordada penso que sonho

Em meio a aclamada lembrança do que fui

Busco definir aquilo que sou

Na mesclagem transcendente

Que encobre a inconsciência de meu ser.